Três poemas de pai

Por você

Para M ª. Beatriz.

O meu amor é tão grande
Que logo quando nasceu
Já não cabia mais no peito.

O meu amor é tão grande
Que há muito tempo
Já não cabe mais no céu de Brasília
nem em todas as praias do Rio.

O meu amor é tão grande
Que quanto mais se torna imenso,
De mais imensidão ele precisa
Para não me sufocar.

O meu amor é tão grande,
Que já não cabe mais
Dentro dele mesmo.

02/setembro/2005

Meu coração balão de todos os dias

Para Helena

Meu coração é daqueles balões
que enfeitam aniversários de criança.
Um doido balão colorido
com a capacidade mágica-absurda de se recompor
depois que estoura.
Por isso ele está sempre cheio pra
arrebentar de amor toda vez que
espio você ainda dormindo
antes de eu sair pra trabalhar.

Alegria de viver

Para Clarice

Seja noite densa
Ou tarde cinzenta,
Teu sorriso sempre
Amanhece o dia em mim.

Mal sabes, pequenina,
Que enquanto te cobro o casaco posto
O capricho no dever da escola
Ou mesmo quando falo com
A falsa propriedade
Dos tolos que se acham
Sabedores da vida,
É você, irrequieto raio de sol,
Que com a tua alegria
Me ensina a viver.

4 comentários em “Três poemas de pai”

  1. Rosy Almeida

    Lindooooo, André!
    As crianças, com sua alma leve, são quem nos ensina a viver, quando olhamos para elas
    com os olhos da criança que fomos e continuamos a ser.

  2. Ana Maria Lopes

    Quanto amor ! Tenho certeza de que você ama Maria Beatriz, Helena e Clarice , muito mais do que seus belos versos. Dá para sentir que elas são o seu oxigênio.

  3. Ádlei Carvalho

    Bicho, que lindo! Ser pai é um sentimento tão forte que só mesmo a poesia pode comportar. Meu primeiro e único livro infantojuvenil foi inspirado na minha filha: “Uma estrela nos olhos do menino.”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima