Eu já havia lido algumas aldravias por aí, mas não sabia que se chamavam assim.
Era mais ou menos como aquelas pessoas que a gente conhece, esbarra todo dia, mas não sabe o nome.
O Gilbson Alencar é quem me apresentou formalmente a esse formato poético em que a palavra é mais importante do que nunca e que pode até mesmo, dependendo do caso, sobreviver sem um verbo.
Ele não inventou a aldravia, mas pescou direitinho o desafio e consegue explicar em duas ou três palavras – às vezes em apenas uma – o que em outros casos requereria uma frase bem encorpada, e tudo isso com o necessário impacto poético.
Mas a qualidade do recém-lançado Brutos e Flores não se resume às aldravias (não lembra nome de doce português?).
Há poemas fortes, bem estruturados, com imagens relevantes e passeios pelo eu lírico, interiorano ou urbano.
Há também uma parte em prosa, mas essa eu ainda não li.
Vou petiscar mais algumas aldravias do Gilbson antes de chegar lá.