Aécio e Marina: que pelada!

Essa disputa entre o Aécio e a Marina me lembra aquelas peladas bem animadas, em que um dos times está ganhando de 3 x 0, deixa empatar e toma uma virada para 5, 6 x 3.

Aí o time que virou relaxa, começa a pensar na cerveja  da tendinha junto ao campo e quando menos se espera, vem outro empate e nova virada, 7 x 6, 8 x 6…

Então, quem havia virado o placar primeiro tem que ir pra cima de novo tentar de novo a façanha, para que a cerveja da tendinha não desça amarga.

Por sua vez, quem  conseguiu a últimas virada se segura, olhando o relógio e, quem sabe, tentar ainda um golzinho pra fechar o caixão do adversário.

Só que assim como numa boa pelada, eleição só termina quando acaba.

Pelada

30 anos de Unforgettable Fire

Sérgio Maciel, meu amigo desde o fim do Primeiro Império, lembra que está completando 30 anos o lançamento de Unforgettable Fire, o quarto disco do U2.

Embora esteja nele um dos maiores sucessos da banda – Pride – não se pode dizer que tenha tido a repercussão do anterior, War, que emplacou nas rádios do mundo inteiro dois dos maiores hits de Bono & Cia: Sunday bloody sunday e New year’s day. Em termos de fama também não ombreia com o seguinte, o épico Joshua Tree, e fica distante do inigualável Acthung Baby, em minha opinião o melhor disco dos anos 90.

Mas, mesmo não tendo a tarimba de um crítico musical, arrisco dizer que o LP (Long play, para os mais novos) daquele distante 1984 é o disco em que o U2 consolida sua personalidade musical. É ele que vai fazer com que, dali em diante, todos digam, sem dúvida, quando ouvirem uma música da banda: isso é U2!

No meu caso particular, está em Unforgettable Fire a música que fez com que realmente eu me impressionasse com o U2. Desde quando ouvi Bad pela primeira vez, o U2 se tornou a minha banda favorita, ao lado do Led, dos Stones, do The Who, do AC/DC…ficando abaixo apenas dos Beatles, porque não há como se igualar aos deuses.

Quando escutei a música pela primeira vez, tive uma visão que até hoje me acompanha. Vejo-me como uma espécie de templário, todo vestido de preto, cavalgando por um campo bem verde, num dia frio e cinzento, um cavalo igualmente preto e segurando uma bandeira azul ou vermelha (nem sempre que escuto a música ela é da mesma cor). Sei que ali vou em direção à morte ou à libertação de alguém, algo ou algum lugar. Mas isso transcende o talento de Bono e The Edge e fica por conta da minha personalidade místico/poética.

Viva os 30 anos de Unforgetable fire! E que todos os discos do U2 sobrevivam aos séculos, feito um cavaleiro andante que atravessa a eternidade.

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